O medo vai tomando conta de nossa vida de uma maneira muito sútil. Um dia uma coisa aqui, outra ali, e quando vemos nossa vida está vazia, olhamos para trás e não vemos mais nada.
A estrada está totalmente deserta porque fomos tirando as pessoas e as coisas do nosso caminho e ficamos paralisados pelo medo do vazio atrás de nós e do que vamos encontrar à frente ao dobrarmos o cotovelo da estrada.
Não vislumbramos nada, só o vazio atrás e a curva à frente, suamos frio, passamos mal, choramos nos desesperamos, mas sabemos que precisamos dar o primeiro passo para ver o que há além, ninguém pode nesse momento nos ajudar, só caminhar conosco, mas as decisões de ir em frente são nossas.
Quando damos o primeiro passo e começamos a contornar a curva, começamos a ver o caminho a percorrer e parece tão longo, tão assustador, muitas vezes não percebemos que já percorremos diversas vezes esse mesmo caminho em situações diferentes e que ele não nos assustava.
Ou então vislumbramos um caminho só nosso se abrindo à nossa frente e ficamos parados olhando à nossa frente sem saber por onde ir, por onde caminhar o que fazer com a liberdade adquirida e ficamos novamente paralisados pelo medo, querendo voltar para o caminho que antes no aterrorizava, e nessa indecisão nessa incerteza, perdemos a oportunidade de uma vida totalmente nova.
Este é um blog pessoal, onde colocarei textos escritos por mim em momentos de alegria e de angustia e textos que chegam em minhas mãos através de e-mails de amigos e que de alguma forma tocam meu eu interior.
25 de abril de 2013
15 de abril de 2013
VENDO O MEDO ATRAVÉS DA DANÇA
Em um ensaio, cantores, atores, diretores, produção foram expressando através da coreografia, as expressões, o medo, alienação, de quem vive em um hospício, com cada gesto vamos percebendo que o medo faz parte daquelas vidas, que por não participarem dos acontecimentos diários do mundo, e começamos a pensar o que existe tão forte dentro de nós, que mesmo em um mundo alienado o medo é uma constante, ao expressar gestos de liberdade a prisão interior está em muitos presente e a liberdade é só um gesto.
Em outro grupo ensaiando no cotidiano, percebemos o medo em todos os momentos, o suavisar de uma expressão quando vai se libertando do medo e se integrando ao dia a dia é muito gostoso de ver e sentir, porém logo em seguida parecem robôs fazendo o que todos fazem, como se um fio invisível os maneja-sem como marionetes, no grito de liberdade, expresso ou preso na garganta, todos procuram saídas, e em cada gesto, vamos percebendo a angústia aflorando, outras vezes sendo represada, pedidos de ajuda, que muitas vezes não são ouvidos ou então são ignorados.
Sentir-se livre são apenas momentos vividos em um mundo que nos massacra, nos pressiona, e quando encontramos uma mão amiga, nos apoiamos totalmente sobre ela, mas a pessoa que nos ajuda também está sendo pressionada e prisioneira de seus medos e suas angustias, e quando é ela a precisar de ajuda, não encontra e segue caminhando e tentando escapar da sua prisão interior como os outros e também não sendo ouvida, até que em um determinado momento todos se unem e vão em busca da liberdade de cada um e todos embora de maneiras diferentes conseguem libertar-se e viver as pressões exteriores criando suas próprias válvulas de escape, cantando, tocando falando, lendo, ou simplesmente voltando-se para seu eu interior.
Em outro grupo ensaiando no cotidiano, percebemos o medo em todos os momentos, o suavisar de uma expressão quando vai se libertando do medo e se integrando ao dia a dia é muito gostoso de ver e sentir, porém logo em seguida parecem robôs fazendo o que todos fazem, como se um fio invisível os maneja-sem como marionetes, no grito de liberdade, expresso ou preso na garganta, todos procuram saídas, e em cada gesto, vamos percebendo a angústia aflorando, outras vezes sendo represada, pedidos de ajuda, que muitas vezes não são ouvidos ou então são ignorados.
Sentir-se livre são apenas momentos vividos em um mundo que nos massacra, nos pressiona, e quando encontramos uma mão amiga, nos apoiamos totalmente sobre ela, mas a pessoa que nos ajuda também está sendo pressionada e prisioneira de seus medos e suas angustias, e quando é ela a precisar de ajuda, não encontra e segue caminhando e tentando escapar da sua prisão interior como os outros e também não sendo ouvida, até que em um determinado momento todos se unem e vão em busca da liberdade de cada um e todos embora de maneiras diferentes conseguem libertar-se e viver as pressões exteriores criando suas próprias válvulas de escape, cantando, tocando falando, lendo, ou simplesmente voltando-se para seu eu interior.
3 de abril de 2013
O PODER DO UNIVERSO
Hoje saí para dançar, queria rodopiar, como o mundo, rir, ouvir música, cantar, ser feliz e sentir-me feliz, cheguei, não teve, não encontrei ninguém, porém a vontade de estar unida ao universo, ouvi o chamado do mar e fui, lindo marulhando, para uma praia deserta, um mar só meu, onde as ondas vinham molhar meus pés e levavam na volta para o mar todo o peso, todas as aflições, as dúvidas e incertezas.
Caminhar, brincar com o vai e vem das ondas, ora tocando meus pés levemente como pedindo permissão para me tocar, outras vindo com força como se fosse senhor e dono e não permitisse que ninguém viesse perturbar aquele doce marulhar que embala.
Enquanto pensamentos, sentimentos e ondas se misturam como momentos de vida em que somos felizes e queremos voar como as aves, ou como momentos tristes em que as lágrimas que escorrem salgadas vão se misturar com as águas salgadas no mar.
momento precioso em criatura se mistura com a criação e o criador, onde na imensidão que parece unir céu e horizonte, tudo é tão sublime, tão intenso que a vontade de rodopiar com o mundo, de dançar, parece uma coisa tão distante como se nunca tivesse saído para dançar, e sim saído para misturar minha alma conturbada, livre e inquieta com o poder de Deus, com a força do universo, e voltar inebriada da imensidão que nos faz pequena e da força que nos faz grande.
Caminhar, brincar com o vai e vem das ondas, ora tocando meus pés levemente como pedindo permissão para me tocar, outras vindo com força como se fosse senhor e dono e não permitisse que ninguém viesse perturbar aquele doce marulhar que embala.
Enquanto pensamentos, sentimentos e ondas se misturam como momentos de vida em que somos felizes e queremos voar como as aves, ou como momentos tristes em que as lágrimas que escorrem salgadas vão se misturar com as águas salgadas no mar.
momento precioso em criatura se mistura com a criação e o criador, onde na imensidão que parece unir céu e horizonte, tudo é tão sublime, tão intenso que a vontade de rodopiar com o mundo, de dançar, parece uma coisa tão distante como se nunca tivesse saído para dançar, e sim saído para misturar minha alma conturbada, livre e inquieta com o poder de Deus, com a força do universo, e voltar inebriada da imensidão que nos faz pequena e da força que nos faz grande.
2 de abril de 2013
QUANDO O PASSADO BATE NA PORTA
Quando o passado bate na nossa porta, seja por uma foto, um telefonema, uma visita, uma música, uma lembrança; é um momento de alegria, tristeza, perdão, renovo.
Seja qual for o sentimento que vier primeiro, todos sempre acabam vindo juntos, muitas vezes acrescidos da saudade e da culpa por não ter feito, ou ao contrário pleo modo como agimos no momento.
É doido quando ele bate em nossa porta como caindo de paraquedas, mesmo quando ele trás algo que sempre desejamos muito, nunca tivemos e o acesso ao presente que chegou de paraquedas é limitado por inúmeros fatores que não dependem de nós, ou porque nossas prioridades são outras no momento, e o tempo vai passando indefinidamente até que bate na nossa porta novamente para dizer que o presente que ganhamos e nunca tocamos, vai sair de nossas vidas e muitos dos segredos e da nossa história envolvida, vão com ele para sempre.
mas também é tempo de renovação, porque mais uma etapa de nossas vidas foi encerrada e outra está começando um pouco mais leve, por um tempo (ás vezes longo demais) vai ser doido, mas com certeza que será outro momento do passado que baterá na nossa porta, porque este já foi amado, perdoado e transformou-se em paz, em harmonia interior.
Seja qual for o sentimento que vier primeiro, todos sempre acabam vindo juntos, muitas vezes acrescidos da saudade e da culpa por não ter feito, ou ao contrário pleo modo como agimos no momento.
É doido quando ele bate em nossa porta como caindo de paraquedas, mesmo quando ele trás algo que sempre desejamos muito, nunca tivemos e o acesso ao presente que chegou de paraquedas é limitado por inúmeros fatores que não dependem de nós, ou porque nossas prioridades são outras no momento, e o tempo vai passando indefinidamente até que bate na nossa porta novamente para dizer que o presente que ganhamos e nunca tocamos, vai sair de nossas vidas e muitos dos segredos e da nossa história envolvida, vão com ele para sempre.
mas também é tempo de renovação, porque mais uma etapa de nossas vidas foi encerrada e outra está começando um pouco mais leve, por um tempo (ás vezes longo demais) vai ser doido, mas com certeza que será outro momento do passado que baterá na nossa porta, porque este já foi amado, perdoado e transformou-se em paz, em harmonia interior.
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