Este é um blog pessoal, onde colocarei textos escritos por mim em momentos de alegria e de angustia e textos que chegam em minhas mãos através de e-mails de amigos e que de alguma forma tocam meu eu interior.

28 de fevereiro de 2013

Sentimentos

Somos como uma pequena caixa de fósforos. Cada palito um sentimento, uma experiência, uma novidade, uma alegria, uma tristeza.
Pode ser perigoso, pode iluminar, pode acender o fogo que nos prepara o alimento, ou o fogo que nos aquece.
Assim nossos sentimentos também podem ser ruins ou ser bons, agradáveis, confortantes, destruidores.
Quando a caixa está cheia, muitas vezes fica difícil de abrir e assim somos nós quando estamos com muitos sentimentos ao mesmo tempo e um turbilhão vai acontecendo dentro de nós que não conseguimos dominar, ou entender, e muito menos expressar com palavras.
Sentimos, nos alegramos ou angustiamos, e cada vez menos conseguimos sair deles, até que percebemos que temos que fazer alguma coisa com determinação.
Começamos a dar pequenos passos, a nos conhecer, a entender o que sentimos e porque e então de repente nossos passos andam para trás e é como se o caminho percorrido não existisse e ficamos parados, inertes incapazes de caminhar, mas como nosso conhecimento e entendimento mudou, olhamos o que tinha-mos conquistado com tanto esforço e lágrimas e começamos a dar pequenos passos novamente em busca de novas vitórias, de novos conhecimentos de nós mesmos e de nossos sentimentos, mas como o caminho já havia sido percorrido parece tão longo, tão sofrido, mas o importante é darmos os passos, não importa se grandes ou pequenos e recomeçar quantas vezes forem necessárias, sempre em busca da nossa felicidade.

26 de fevereiro de 2013

Chuva Lágrimas do Céu

Chove.
Olho para a chuva e vejo o céu em lágrimas, como minha alma, do céu elas caem, na minha alma estão guardadas, não querem sair, deixam  tristeza tomar conta de tudo.
Ao olhar para a chuva quantas lembranças de tantas e tantas vezes lágrimas e chuva se confundiram. Hoje só a chuva cai.
Quantas perguntas, incertezas, dúvidas ela está a suscitar, quantos porquês sem resposta.
Hoje precisava daquela chuva forte com vento, que vem parece que lava a alma, carrega tudo e renova. Esse barulhinho de chuva continua deixa a alma mais pesada, carregada, triste, quero dar a volta, ver o sol brilhar em minha alma, mas o som lembra as lágrimas recolhidas e não derramadas, logo o dia começa a sossegar, os barulhos cessam e fica só o doce barulho da chuva a embalar as dores da alma e nesse doce embalar vou adormecendo e a dor vai ficando pequena, querendo sumir desaparecer, mas logo volta com a intensidade de tudo que é represado, até rebentar o dique e sair como enxurrada que ninguém segura e tudo leva junto, todo o trabalho construído parece desaparecer, mas logo o sol volta a brilhar e a esperança volta a nascer e novamente começa a reconstrução do que desmoronou.

13 de fevereiro de 2013

A Menina do Espelho

A menina começou a crescer, a sentir-se livre, importante e um belo dia por muito pouco, voltou a se esconder, voltou para o seu cantinho confortável.
Começou o conflito entre querer ficar no cantinho dela sem sofrer ou voltar a lutar, a ter garra, a perceber que na zona de conforto a vida passa sem que ela participe.
A borboleta quando começa a voar, não tem como voltar para o casulo, mesmo que seja para viver só um dia, tem que sair voando.
A menina do espelho se olha e percebe que não dá mais para voltar, tem que ir em frente, ela já sabe que dor dói muito e que alegria é muito bom.
Procurar o equilíbrio, entre a dor e a alegria é o que ela precisa aprender para não cair nos extremos. A vida  não é difícil, somos nós que complicamos com nossas mágoas e interpretações ou expectativas das ações de quem convivemos.
Amamos e esperamos muito dos outros e quando não agem como esperamos sofremos, mas sofremos mais quando nos amamos e não agimos como esperávamos que agiríamos ou sentiríamos.
Olhar para dentro de nós mesmos é encontrar lindas coisas que nem percebemos que estão dentro de nós e perceber que tem outras que não são tão lindas e começar a usar as lindas, e melhorar ou jogar fora as que não são tão lindas.
A menina do espelho está confusa, mas agora tem subsídios para poder voltar a crescer e recomeçar a voar e a brilhar.
Recomeçar custa muitas lágrimas, mas a vitória no fim da linha é o melhor troféu, não importa se chegou em primeiro ou em último, na corrida da vida, o importante é que correu junto toda a prova e chegou, a vitória é
individual e não coletiva, caminhamos juntos, uns colaborando com os outros, mas quem dá os passos somos nós mesmos, ninguém pode dar por nós.
Na hora da vitória, da chegada, vemos quantas pessoas estavam ao nosso lado nos apoiando ou tentando nos derrubar, mas a alegria dos que estavam nos apoiando é muito maior e nem lembramos dos outros.
Caminhando um passo de cada vez, a vitória vem.