Chove.
Olho para a chuva e vejo o céu em lágrimas, como minha alma, do céu elas caem, na minha alma estão guardadas, não querem sair, deixam tristeza tomar conta de tudo.
Ao olhar para a chuva quantas lembranças de tantas e tantas vezes lágrimas e chuva se confundiram. Hoje só a chuva cai.
Quantas perguntas, incertezas, dúvidas ela está a suscitar, quantos porquês sem resposta.
Hoje precisava daquela chuva forte com vento, que vem parece que lava a alma, carrega tudo e renova. Esse barulhinho de chuva continua deixa a alma mais pesada, carregada, triste, quero dar a volta, ver o sol brilhar em minha alma, mas o som lembra as lágrimas recolhidas e não derramadas, logo o dia começa a sossegar, os barulhos cessam e fica só o doce barulho da chuva a embalar as dores da alma e nesse doce embalar vou adormecendo e a dor vai ficando pequena, querendo sumir desaparecer, mas logo volta com a intensidade de tudo que é represado, até rebentar o dique e sair como enxurrada que ninguém segura e tudo leva junto, todo o trabalho construído parece desaparecer, mas logo o sol volta a brilhar e a esperança volta a nascer e novamente começa a reconstrução do que desmoronou.
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