A menina começou a crescer, a sentir-se livre, importante e um belo dia por muito pouco, voltou a se esconder, voltou para o seu cantinho confortável.
Começou o conflito entre querer ficar no cantinho dela sem sofrer ou voltar a lutar, a ter garra, a perceber que na zona de conforto a vida passa sem que ela participe.
A borboleta quando começa a voar, não tem como voltar para o casulo, mesmo que seja para viver só um dia, tem que sair voando.
A menina do espelho se olha e percebe que não dá mais para voltar, tem que ir em frente, ela já sabe que dor dói muito e que alegria é muito bom.
Procurar o equilíbrio, entre a dor e a alegria é o que ela precisa aprender para não cair nos extremos. A vida não é difícil, somos nós que complicamos com nossas mágoas e interpretações ou expectativas das ações de quem convivemos.
Amamos e esperamos muito dos outros e quando não agem como esperamos sofremos, mas sofremos mais quando nos amamos e não agimos como esperávamos que agiríamos ou sentiríamos.
Olhar para dentro de nós mesmos é encontrar lindas coisas que nem percebemos que estão dentro de nós e perceber que tem outras que não são tão lindas e começar a usar as lindas, e melhorar ou jogar fora as que não são tão lindas.
A menina do espelho está confusa, mas agora tem subsídios para poder voltar a crescer e recomeçar a voar e a brilhar.
Recomeçar custa muitas lágrimas, mas a vitória no fim da linha é o melhor troféu, não importa se chegou em primeiro ou em último, na corrida da vida, o importante é que correu junto toda a prova e chegou, a vitória é
individual e não coletiva, caminhamos juntos, uns colaborando com os outros, mas quem dá os passos somos nós mesmos, ninguém pode dar por nós.
Na hora da vitória, da chegada, vemos quantas pessoas estavam ao nosso lado nos apoiando ou tentando nos derrubar, mas a alegria dos que estavam nos apoiando é muito maior e nem lembramos dos outros.
Caminhando um passo de cada vez, a vitória vem.
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